Vaticano, 22 de junho de 2025 – Em meio a um crescente cenário de tensão internacional no Oriente Médio, o Papa Leão XIV fez neste domingo um apelo dramático à comunidade internacional, clamando pelo fim imediato da guerra entre Israel e Irã, que agora conta com a intervenção direta dos Estados Unidos. Durante sua tradicional oração do Angelus, o pontífice alertou para as consequências devastadoras do conflito e destacou o sofrimento humano ignorado em meio ao barulho das armas.
Na última quinta-feira (13), Israel lançou um ataque de grande escala contra o Irã, atingindo instalações nucleares estratégicas, alvos militares de alto escalão e bases de mísseis, em uma ação coordenada com o uso de drones e caças. Em resposta, o Irã retaliou com uma série de mísseis contra o território israelense. A escalada não parou por aí: nas primeiras horas deste domingo (22), os Estados Unidos bombardearam três centros nucleares iranianos, marcando sua entrada formal no conflito.
Diante da gravidade dos acontecimentos, o Papa expressou profunda preocupação:
“Chegam notícias cada vez mais alarmantes do Oriente Médio, especialmente do Irã. A situação dramática que envolve também Israel e Palestina ameaça lançar no esquecimento o sofrimento diário da população civil, sobretudo em Gaza e outras regiões, onde a ajuda humanitária se torna cada vez mais necessária.”
Leão XIV destacou que a guerra não traz soluções, apenas agrava os problemas e deixa marcas profundas nas nações envolvidas.
“Nenhuma vitória militar poderá compensar o luto das mães, o trauma das crianças ou o futuro que está sendo destruído. A humanidade clama por paz. É uma exigência de consciência e de razão que não pode ser abafada pelo estrondo das armas nem por discursos inflamados.”
O pontífice fez ainda um forte apelo à diplomacia, pedindo que os líderes mundiais assumam a responsabilidade moral de interromper o avanço da tragédia.
“Não existem guerras distantes quando a dignidade humana está em risco. Que a diplomacia silencie as armas. Que as nações construam seu futuro com gestos de paz, não com sangue e destruição.”